Anvisa faz Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente em Hospitais com UTI

A Anvisa, em parceria com os Núcleos de Segurança do Paciente de Vigilância Sanitária (NSP VISA), promoveu, nesta quinta-feira (25), o seminário anual para a discutir os resultados do ano de 2022 da Avaliação Nacional de Práticas de Segurança do Paciente, para hospitais com leitos de terapia intensiva e também para pacientes submetidos ao processo de diálise.

Magda Costa, gerente de Vigilância e Monitoramento de Serviços de Saúde da Anvisa, iniciou a apresentação do seminário ressaltando a importância dessa avaliação nos serviços que prestam assistência aos pacientes crônicos, conforme o Plano Integrado de Gestão Sanitária da Segurança do Paciente 2021-2025. O Plano constitui uma estratégia para a promoção da cultura da segurança, enfatizando a gestão de riscos, o aprimoramento da qualidade e a aplicação das boas práticas em serviços de saúde nos leitos de UTI, trazendo o resultado dessa avaliação no ano de 2022.

Para a apresentação dos resultados foram convidadas duas profissionais da área de saúde envolvidas com a Avalição:

Drª. Eiko Teresa Santana, enfermeira biomédica, mestre em Biologia pela Universidade Federal de Goiás e Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Anvisa, apresentou os principais resultados da avaliação intensiva de 2022. Eiko ressaltou que as práticas de segurança diversas são uma medida crucial em serviços de saúde e que devem ser adotadas sobre a situação das práticas de segurança em serviços, destacando a avaliação das práticas e os seus indicadores baseados na RDC 36/2013. Para ela, a avaliação é considerada uma iniciativa inovadora sob o ponto de vista sanitário e do serviço de saúde, possibiltando implantar as medidas para melhoria e aperfeiçoamento dessa prática de Segurança do Paciente dentro do serviço de saúde, buscando a qualificação do cuidado dentro desse processo.

Destacou que o objetivo está voltado para a promoção da adesão às práticas de Segurança do Paciente pelos Serviços de Saúde ao Plano Integrado e à gestão da avaliação das práticas de Segurança do paciente. Desta forma, o serviço de saúde é avaliado pelos pacientes e classificado como alta média ou baixa conformidade, de acordo com as práticas de Segurança do Paciente.

A Drª. Eiko explicou que Avaliação Nacional das práticas de Segurança do Paciente em UTI do ano de 2022 foi composta por 21 indicadores de estrutura e processo baseados na RDC 36/2013. Os resultados da avaliação das práticas de segurança mostraram que, em 2022, 73% dos hospitais avaliados, 21 unidades hospitalares tiveram percentual de participação superior na Avaliação das Práticas de Segurança do Paciente do ano 2022, sendo que a meta prevista para 2022 era de 75%. Os resultados para Avaliação de Segurança do Paciente em 2021 e 2022, dos hospitais que participaram tanto da avaliação em 2021 quanto da avaliação em 2022, demonstrou que os hospitais que participaram da avaliação das práticas de Segurança do Paciente em 2022 apresentam resultados melhores quando comparados a 2021.

Por fim a doutora destacou que houve um aumento e melhoria na implantação dos planos da Anvisa e que os serviços de saúde podem utilizar para desenvolver seu plano e também implantá-lo em todas as unidades do serviço de saúde. Destacou também a importância da devolutiva da situação dos hospitais participantes da avaliação nas unidades federadas que participaram da avaliação das Práticas de Segurança do Paciente.

enfermeira Maria Dolores Nogueira apresentou as informações coletadas na Avaliação Nacional das Práticas de Segurança dos Serviços de Diálise, que prestam assistência aos pacientes crônicos, para participar da avaliação das práticas de segurança. A enfermeira informou que desde a publicação da primeira Norma Sanitária Nacional em 2014, em sua última atualização foi obtida uma grande diferença nos resultados, e também porque trouxeram algumas novidades e informações que melhoraram também o direcionamento do serviço.

A profissional da saúde enfatizou a necessidade de trabalhar a cultura de segurança e a preocupação com a melhoria da qualidade. Ela enfatizou que é necessário ter um olhar para a segurança do Paciente, com uma qualidade no atendimento e de prestação de serviço, que de fato traga bons resultados e tranquilidade. Mais importante, salientou Maria Dolores, é que o paciente entre no serviço e saia dali depois de ser realizado de um jeito melhor do que entrou, destacando a atenção e cuidado ao paciente. Em atenção aos resultados, ela afirmou que há necessidade de se revisitar os protocolos e desenhar melhor o processo para melhorar e aperfeiçoar o manual, revisando o plano e se necessário fazer as ações corretivas.

Para Maria Dolores, é necessário que seja realizado todo um trabalho de convencimento nas equipes hospitalares, enfatizando o desafio de mostrar a importância das ações de Segurança do Paciente para melhorar a qualidade do serviço. E que essa é uma oportunidade para aperfeiçoar todo o conhecimento de Segurança do Paciente dentro do serviço social nos hospitais e nas diálises com pacientes crônicos.

Fonte: NK Consultores.

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