A osteoartrite, popularmente conhecida como artrose, é a principal causa de dor articular e limitação física em todo o mundo, sendo a doença que mais afeta as articulações. Segundo o Instituto para Métricas e Avaliação em Saúde (IHME), a artrose atinge pelo menos 15% da população com mais de 30 anos. Em 2020, o número de pessoas com a patologia era de 595 milhões em escala global — praticamente a população dos Estados Unidos e do Brasil somadas. O estudo projeta que, até 2050, esse número chegará a um bilhão de pessoas.
“O ácido hialurônico é uma substância naturalmente presente nas articulações e tem papel fundamental na lubrificação e absorção de impactos. A ideia da viscossuplementação, que é a injeção intra-articular dessa substância, é melhorar a capacidade funcional e reduzir a dor causada pela osteoartrite”, explica o Dr. Fabio Jennings, especialista da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR).
“Isso significa que, apesar dos resultados estatísticos, a maioria dos pacientes não sente uma mudança perceptível no alívio da dor ou na funcionalidade, como caminhar ou subir escadas”, comenta o Dr. Jennings. “Os benefícios existem, mas são limitados e de curta duração.”
O cenário terapêutico da osteoartrite inclui, prioritariamente, intervenções não medicamentosas como atividade física regular, perda de peso e educação sobre a doença. Segundo o Dr. Jennings, esses métodos têm respaldo científico robusto, embora exijam comprometimento do paciente. “As mudanças no estilo de vida são desafiadoras, mas têm efeitos consistentes a médio e longo prazo. Não há tratamento milagroso, infelizmente.”
Paralelamente, novas terapias vêm sendo pesquisadas. Entre elas, o plasma rico em plaquetas (PRP) e o uso de células-tronco e componentes da medula óssea, que compõem o grupo das chamadas terapias regenerativas. No entanto, essas opções ainda carecem de estudos mais robustos e com maior número de participantes para comprovação de eficácia.
Fonte e foto: Sociedade Paulista de Reumatologia/ Choice Comunicação