Falta de medicamento na Farmácia de Alto Custo de Mogi gera reclamação de paciente

Remédio em falta na unidade é o Infliximabe, usado por pacientes com a doença de Crohn, caracterizada por sintomas como diarreia frequente, dor abdominal, cansaço, perda de apetite e peso. Estado diz que cobra celeridade na entrega do medicamento, que é de responsabilidade do Ministério da Saúde

A falta do medicamento Infliximabe na Farmácia de Alto Custo de Mogi das Cruzes é motivo de preocupação para pacientes como a monitora de van escolar, Ana Paula Faria, que está aflita com o atraso no fornecimento. Ele diz que usa periodicamente há cerca de um ano, desde que foi diagnosticada com a doença de Crohn, caracterizada por sintomas como diarreia frequente, dor abdominal, presença de sangue nas fezes, cansaço excessivo, e perda de apetite e peso.

“Eu deveria ter recebido o remédio na farmácia dia 01/12/21, só que aí enviaram mensagem dizendo que está em falta e que não tem previsão de quando vai chegar. Ligo lá todos os dias para saber. Essa é a primeira vez que fico sem. Já teve uma outra vez que ficou em falta, mas foi coisa de uma semana. Preciso da medicação e não tenho condições de comprar, pois é caro”, diz Ana Paula. Cada ampola é comercializada no mercado a um valor superior a R$ 4 mil e a monitora explica que usa três ampolas de uma vez a cada oito semanas.

Ana Paula entrou em contato com O Diário para reclamar do atraso e tentar obter uma posição da Secretaria de Saúde do Estado, porque ela diz que está “com medo de ficar doente de novo”. Conta que teve problemas e ficou muito debilitada e chegou a perder 20 quilos antes de ser diagnosticada e começar a fazer uso do Infliximabe de 10 miligramas.

Questionada pela reportagem a respeito do atraso, a pasta de Saúde do Estado esclarece que o medicamento Infliximabe é de responsabilidade de aquisição e distribuição pelo Ministério da Saúde.

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo segue cobrando do Governo Federal celeridade na entrega dos medicamentos para atender os pacientes”, reforça em nota.

 Abastecimento

De acordo com o Estado, nos meses de novembro e dezembro, foram registrados picos de demanda em virtude do abastecimento dos medicamentos entregues com atraso pelo Governo Federal.

A Secretaria de Educação explica que também pode ocorrer problema quando há demanda espontânea, ou seja, quando o paciente comparece ao local sem fazer o agendamento prévio através do aplicativo Remédio Agora. “Comparecer na data e horário agendados é crucial para garantir maior conforto e agilidade’, destaca.

A pasta observa que foram abertas agendas diárias, que ampliaram o uso do aplicativo. Segundo dados registrados pela Saúde, em novembro, a adesão ao app aumentou para 60,41%, o que representa 17,75% mais procura relação ao mês de outubro. Ressalta ainda que após a finalização do atendimento, o próprio colaborador do guichê realiza o agendamento no aplicativo para o próximo mês.

 Aplicativo

Sobre o aplicativo, o governo do Estado informa que disponibiliza gratuitamente o app “Remédio Agora” para otimizar a rotina do cidadão e facilitar a retirada dos medicamentos. A ferramenta permite que o paciente agende data e hora para as retiradas e avisa sobre a disponibilidade dos medicamentos.

“Além do conforto, o app também contribui com as medidas de prevenção da Covid-19 nas farmácias, otimizando o atendimento e evitando aglomerações. Em cerca de 15 minutos, o paciente sai do serviço com seu medicamento em mãos. Por meio dele, foi possível reduzir em aproximadamente 25% o número de pessoas dentro de cada farmácia, em média, além de diminuir para 15 minutos o tempo de retirada do medicamento”, detalha a nota.

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