Participe da consulta pública para incorporação da Terapia de Pressão Negativa para o tratamento do Feridas do Pé Diabético

Está aberta a consulta pública de número 81 na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para incorporação de novas tecnologias no rol de procedimentos obrigatórios nos planos de saúde. Dessa vez, os pacientes com diabetes têm a chance de votar a favor da terapia por pressão negativa para tratamento de úlceras nos pés, uma das complicações mais recorrentes em quem tem a doença. 

Para participar é muito simples. Acesse o site da ANS, pelo link: https://n8qhg.app.goo.gl/WTjo 

Clique no item de número 158, que dispõe sobre a terapia por pressão negativa para tratamento de úlceras nos pés diabéticos. Leia a proposta que está em arquivo pdf e abaixo na seção “envie seu comentário” faça a sua consideração: se você é a favor ou não da incorporação do tratamento. Lembrando que a consulta ficará aberta até o dia 21 de novembro e podem contribuir pessoas não só que têm diabetes, mas a sociedade civil em geral. 

Participe e ajude que pessoas com diabetes tenham acesso a melhores tratamentos e qualidade de vida!

Saiba mais sobre o pé diabético

Mais de 50% dos pacientes com diabetes apresentam alguma complicação nos pés ao longo da vida. O chamado pé diabético é caracterizado por uma série de alterações como ulcerações, conhecidas popularmente como feridas, que não cicatrizam, levam a infecções e, consequentemente, podem evoluir para amputações.

A polineuropatia diabética (PND) é a principal causa de úlceras nos pés, que levam a 85% das amputações. Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para amputação de membros inferiores (pernas, pé, dedos dos pés) no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado e, anualmente, são cerca de 55 mil amputações.

Há diversos fatores de risco para o desenvolvimento de feridas nos pés e todos têm relação ao mau controle da glicemia. Entre os principais fatores de risco estão: a polineuropatia periférica, deformidades, traumas, doença arterial periférica e histórico de úlceras/amputações.

Um ponto importante que leva ao agravamento do quadro é que em muitos casos, cerca de metade das pessoas com diabetes pode desenvolver algum problema nos pés sem apresentar sintomas. Com isso, quase 40% dos pacientes não recebem o tratamento adequado.

As opções terapêuticas preconizadas atualmente pelo Protocolo de Manejo do Pé Diabético na Atenção Primária e Especializada de Saúde incluem uma série de classificações mais conservadoras como por via oral ou tópica. Infelizmente, por conta da demora no diagnóstico das feridas, muitos pacientes que procuram o Sistema Público de Saúde (SUS) já estão com agravamento no quadro, minimizando as respostas positivas às terapias orais. Em muitos casos, no SUS a cirurgia e amputação são a alternativa viável para manutenção da saúde do paciente ou preservação dos membros.

Sabemos que tratamentos mais modernos como o Sistema de Terapia V.A.C., que monitora e ajusta a pressão negativa no local da ferida, tem demonstrado resultados satisfatórios na cicatrização das feridas, preservando os membros e prevenindo as amputações. Infelizmente, esta tecnologia está disponível somente na rede privada e particular.

Com a consulta pública teremos a oportunidade de ampliarmos o acesso à melhores opções de tratamento para pacientes que possuem feridas no pé. Essa medida não só trará impactos positivos para a qualidade de vida do paciente como também para o Sistema Suplementar de Saúde. Atualmente, problemas do pé diabético têm altos custos de tratamento e internações hospitalares prolongadas.

Assista ao vídeo e compreenda o passo a passo para realizar a sua contribuição

Serviço:

Consulta Pública nº 81 – Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde – Ciclo 2019/2020
Prazo de contribuições: 08/10 à 21/11 de 2020.
Link de acesso:http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas/consulta-publica-n-81-atualizacao-do-rol-de-procedimentos-e-eventos-em-saude-ciclo-2019-2020

Seguindo o código de conduta da Interfarma e da Abimed, esta publicação recebe o incentivo social da 3M KCI.

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