AbbVie Anuncia Resultados de Estudo de Fase 2 com Medicamento em Pesquisa (Venetoclax) para Tratamento de Leucemia Linfoide Crônica (LLC) Resistente/Reincidente (R/R) e Deleção no Cromossomo 17p

A biofarmacêutica global AbbVie anunciou os principais resultados de estudo de fase 2 com pacientes com LLC tratados com venetoclax,  o primeiro inibidor oral de linfoma-2 de célula B (BCL-2)2.  As respostas de 158 pacientes com LLC Reincidente/Resistente e deleção no cromossomo 17p  mostraram que 77 por cento (95 por cento de margem de confiabilidade) apresentaram resposta integral ao tratamento, isto é, remissão completa (RC) + remissão completa com recuperação parcial da medula (RCi) + remissão parcial (RP) + remissão nodular parcial (RPn)1 . Destes, 27 por cento atingiram um nível de resposta em que a doença não é mais detectada no sangue (“doença residual mínima negativa”), medido por citometria de fluxo (técnica ultra sensível utilizada para contar, examinar e classificar as células tumorais)1.

O tratamento com venetoclax, em monoterapia, recebeu autorização de comercialização pela União Europeia para o tratamento de LLC em pacientes com deleção no cromossomo 17p ou mutação TP53, em adultos, intolerantes, ou que não responderam, a tratamento anterior com inibidor da ação do receptor de célula B; ou que não responderam a tratamento quimioterápico ou a ambos.

“Estas taxas de respostas de pacientes com LLC e deleção 17p ao tratamento com venetoclax, com a doença reincidente/resistente, foram avaliadas em um dos dois estudos principais  mencionados na bula do  medicamento nos EUA”, afirmou o Professor Dr. Stephan Stilgenbauer, do Departamento de Medicina Interna da Ulm University (Alemanha), que apresentou os resultados do estudo no Congresso Europeu Anual de Hematologia.

Desenho e Resultados do Estudo –  No principal estudo de fase 2, os pacientes com LLC R/R e/ou deleção 17p receberam 400 mg diárias de venetoclax, com aumento progressivo da dose durante cinco semanas. O medicamento foi usado até que fosse observada progressão da doença ou houvesse descontinuidade do tratamento por outras razoes1. A avaliação da “doença residual mínima” (DRM) em sangue periférico foi realizada com a primeira avaliação clínica de remissão completa ou parcial com nódulos menores do que 2 cm e a cada 12 semanas até a negatividade da DRM.  Estes resultados significam que pode ser detectada uma célula de LLC em 10.000 leucócitos (células brancas do sangue).  Um total de 158 participantes do estudo receberam em média dois tratamentos anteriores e 11 por cento receberam tratamento prévio com inibidor do marcador de receptor de célula B1.  A idade média dos participantes no estudo foi de 67 anos e a duração média da terapia com venetoclax foi de 16.7 meses.

Durante o estudo, os efeitos adversos mais comuns foram neutropenia (42 por cento), náusea (37 por cento), diarreia (37 por cento ), anemia (24 por cento) e cansaço (22 por cento).

A deleção 17p é encontrada em 3 a 10 por cento dos casos de LLC  não tratada e entre 30 a 50 por cento dos casos de LLC  reincidente ou resistente.  A mutação no gene TP 53 ocorre em 8 a 15 por cento dos pacientes e entre 35 a 50 por cento dos casos de LLC resistente. Os pacientes com deleção 17 p ou mutação TP 53 têm geralmente um prognóstico  pior e uma expectativa de vida de menos de dois a  três anos, com o regime de tratamento padrão atual.[i]

O diagnóstico das deleções e mutações cromossômicas é feito por meio de testes genéticos específicos.

Sobre Venetoclax – Venetoclax  está sendo desenvolvido pela AbbVie e pela Roche e inibe seletivamente  a função da proteína BCL-2, como demonstrado em estudos clínicos[ii], levando as células tumorais, incluindo as células da LLC, à morte. Venetoclax já tem aprovação regulatória nos países da Comunidade Europeia, além de Argentina, Austrália, Estados Unidos, Israel, México e Porto Rico e vem sendo estudado também para outros tipos de câncer no sangue. É comercializado conjuntamente pela AbbVie e pela Genetech, empresa do grupo Roche, nos Estados Unidos, e pela AbbVie unicamente fora dos Estados Unidos. Juntas as empresas estão comprometidas com a pesquisa do bloqueio da BCL-2 com venetoclax, que está sendo avaliado também em estudos de fase 3 para o tratamento de LLC R/R, além de estudos em vários outros tipos de câncer. No Brasil, venetoclax foi submetido à aprovação da ANVISA, agência regulatória local, e aguarda a aprovação para uso no país.

Sobre Oncologia na AbbVie

Na AbbVie, nos empenhamos para descobrir e desenvolver medicamentos que proporcionem avanços transformadores no tratamento do câncer, ao combinar, de forma única,  nosso profundo conhecimento em áreas fundamentais da biologia com tecnologias de novas gerações, e trabalhando junto com nossos parceiros – cientistas, especialistas clínicos, nossos pares na indústria, e grupos de apoio a pacientes. Continuamos  concentrados em proporcionar estes avanços transformadores em tratamentos em algumas dos tipos de câncer mais disseminados e debilitantes. Com a aquisição da Pharmacyclics em 2015 e Stemcentrx em 2016 e  diversas parcerias, o portfólio em oncologia da AbbVie consiste em medicamentos já em comercialização nos Estados Unidos e Europa e  em várias moléculas que estão sendo avaliadas em mais de 200 estudos clínicos globais, para mais de 20 tipos de tumores.  Para mais informação, acesse www.abbvieoncology.com

Sobre a AbbVie

A AbbVie é uma companhia biofarmacêutica global, que tem o compromisso de desenvolver terapias inovadoras avançadas, para algumas das mais complexas e críticas condições de saúde.  A missão da companhia é usar seu conhecimento, equipe dedicada e foco em inovação para aprimorar, de forma notável, tratamentos em quatro áreas terapêuticas principais: imunologia, oncologia, virologia e neurociência. Em mais de 75 países, os funcionários da AbbVie trabalham todos os dias para desenvolver soluções em saúde para pessoas ao redor do mundo. Para mais informação, acesse www.abbvie.com

No Brasil, a AbbVie começou a operar no inicio de 2014.  No Brasil, suas unidades de negócios locais incluem imunologia, neonatologia, virologia e oncologia; entre suas diferentes áreas de atuação, conduz mais de 25 estudos clínicos, envolvendo mais de 750 pacientes, em 200 centros de pesquisa. Para mais informação, www.abbvie.com.br

Referências:

[1] Stilgenbauer S, et al. Understanding and managing ultra high-risk chronic lymphocytic leukemia. Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2010; 1:481-488.

[1] Clinicaltrials.gov. NCT01889186: A study of the efficacy of ABT-199 in subjects with relapsed or refractory chronic lymphocytic leukemia with the 17p deletion. Acessado em outubro de 2016.

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