Março Borgonha: mês de conscientização do Mieloma Múltiplo

Segundo tipo de câncer sanguíneo mais frequente no mundo ainda é desconhecido pela população e até por uma parcela dos profissionais de saúde.

São Paulo, Março de 2022 – O mês de março é dedicado à conscientização sobre o mieloma múltiplo, um tipo de câncer da medula óssea¹. Embora seja uma doença silenciosa, possui diversos sinais que impactam o corpo, e é comumente confundido com outras doenças mais comuns2. Por isso, um dos perigos envolvendo esse tipo de câncer é o diagnóstico tardio, que pode levar a sequelas graves e reduzir as chances de sucesso do tratamento e, por consequência, a sobrevida do paciente.

O mieloma múltiplo se desenvolve devido ao crescimento descontrolado de um tipo de glóbulos brancos que são responsáveis pela produção de anticorpos, também conhecidos como células plasmocitárias ou plasmocitos3. A estimativa é de que, no Brasil, 7.600 novos casos de mieloma múltiplo sejam identificados por ano, segundo a International Myeloma Foundation Latin America (IMF).

Embora não seja uma doença de alta prevalência, entre os anos de 2015 e 2019, houve um aumento de 29% dos casos, segundo dados do Ministério da Saúde4. Para Edvan Crusoe, médico da Universidade Federal da Bahia e Rede D’Or oncologia, o aumento do número de casos é reflexo do envelhecimento da população, que somado a longa jornada do paciente até o diagnóstico correto e tratamento, aumentam as complicações e mortalidade. “No Brasil, a maioria dos pacientes chega ao consultório em estágio avançado, após ter passado por vários outros médicos, especialmente ortopedistas, pois um dos principais sintomas são as dores ósseas (coluna, bacia e tórax) com fraturas frequentes. Outros sintomas e alterações mais comuns incluem, além das dores de cabeça, anemia, cansaço, perda de apetite, dificuldade visual, alteração renal e infecções. Por serem manifestações comuns em idosos, costumam ser confundidas com outras doenças, retardando o diagnóstico”, acrescenta o especialista.

Segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), existem cerca de 30 mil pessoas com a doença no Brasil1. Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com diferentes opções de tratamentos, que impactam diretamente no reestabelecimento da qualidade de vida. Com o controle eficaz, é, hoje em dia, encarada como uma doença crônica, desde que o paciente siga o tratamento e as orientações médicas.

Ressalta-se que a doença não tem causas específicas, portanto, não existem formas de preveni-la, “Sabe-se que a doença afeta mais comumente homens negros, e estudos indicam que pode haver relação familiar. Uma vez diagnosticado o mieloma múltiplo em um membro da família, parentes de primeiro grau devem ficar atentos aos sintomas e a rotina de seus exames” afirma Edvan.

A suspeita diagnóstica pode ser feita por meio de exames de rotina, mas a confirmação requer a combinação de exames mais complexos. Invariavelmente é identificada uma proteína errada no sangue ou urina, chamada de proteína monoclonal(M). Os exames que auxiliam e determinam o diagnóstico são:

• Exames de sangue: hemograma e a eletroforese de proteína. É possível ver as alterações das células e a identificação da proteína M, respectivamente;

• Exame de urina: eletroforese e imunofixação de proteína também pode identificar a proteína M;

• Mielograma e biópsia da medula óssea: identifica os plasmócitos presentes;

• Radiografia óssea, tomografia computadorizada, PET Scan ou ressonância magnética: rastreamento de alterações nos ossos.

O médico ressalta a necessidade de alertar não só a população em geral como a comunidade médica. “Os médicos demoram muito para pensar numa hipótese diagnóstica de mieloma múltiplo. É preciso ter uma mudança de paradigma e fazer uma boa avaliação e realizar os exames apropriados (que inicialmente são simples e de fácil acessibilidade). Normalmente, um paciente, demora mais de 6 meses e as vezes até quase 1 ano para finalizar o diagnóstico e assim ser encaminhado ao especialista. O mieloma é uma doença que não tem cura, mas graças aos avanços da ciência e nos novos tratamentos, especialmente nos últimos anos, ele pode ser melhor tratado e o paciente pode ter uma melhor qualidade de vida e uma sobrevida de mais de 10 anos”, diz Crusoe.

Para a paciente Ana Moraes, a jornada até o diagnóstico correto foi longa. “Meu primeiro sintoma foi uma fratura na costela, que tratei por sete meses. Eu fazia acompanhamento e tratamento tanto com um ortopedista quanto com um pneumologista, mas, infelizmente, nenhum deles cogitou a possibilidade de ser mieloma múltiplo. A hipótese diagnóstica só veio quando fiquei hospitalizada para tratar um trombo flebite e também anemia. Neste momento, fui encaminhada a um oncologista que confirmou o diagnóstico por meio de um exame de mielograma”, explica Ana.

No caso do paciente José Pereira, a desinformação foi o fator limitante para o diagnóstico. “Meu primeiro sintoma foi dor nas costas e eu demorei oito meses para procurar um ortopedista em um pronto-socorro. Na ocasião, realizei uma radiografia, mas nada foi constatado e, como as dores continuaram, procurei outro especialista. Este, muito bem instruído, pediu uma ressonância que confirmou algumas lesões e, na sequência, me encaminhou ao hematologista, que confirmou o diagnóstico de mieloma múltiplo”, comenta José.

Atenção: Em caso de suspeita, apresentando qualquer um dos sintomas, é importante procurar um médico. O especialista apto para concluir o diagnóstico do paciente com mieloma múltiplo é o onco-hematologista.

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Referências

1. International Myeloma Foundation Latin America (IMF);
2. International Myeloma Foundation Latin America (IMF);
3. Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH);
4. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Mortalidade SIM/SUS. 2019.

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